No Brasil, o mês de agosto é dedicado às Vocações. E quando falamos em vocação, estamos falando do chamado que cada ser humano recebe para escolher seu caminho de vida. Ao longo da vida recebemos diferentes chamados. O chamado primordial é o de “ser humano”, isto é, de viver de acordo com a natureza humana que recebemos do Criador. E dentro do chamado a “ser humano” também há o chamado à fé e à espiritualidade, que são próprias do ser humano. Além disso, há o chamado à dedicação da própria vida. Há aqueles que escolhem dedicar a vida na criação e cuidado de uma família, há outros que preferem dedicá-la ao serviço sacerdotal; outros ainda optam por dedicá-la ao serviço missionário ou ao serviço da caridade. Enfim, há muitas vocações, e todas emanam de Deus Pai.
Assim, durante o mês de agosto, as comunidades promovem momentos de oração, meditação e ação em prol das diversas vocações humanas.
Todo ser humano recebe um chamado que o compromete com uma das dimensões da vida, por meio do qual poderá contribuir na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Refletir sobre a própria vocação é tomar ciência das implicações de assumi-la com responsabilidade e comprometer-se com a missão que ela designa. Dessa forma, durante o mês de agosto, dedica-se cada semana a uma determinada vocação:
1ª SEMANA: Na primeira semana do mês de agosto, vamos refletir sobre a vocação aos ministérios ordenados – Bispos, Sacerdotes e Diáconos. O Papa Francisco diz sobre essas vocações:
“Os sacerdotes devem ser mediadores do amor de Deus. O sacerdote autêntico é um mediador muito próximo ao seu povo. O mediador perde a si mesmo para unir as partes, dá a vida, a si mesmo, e o preço é aquele: a própria vida, paga com a própria vida, o próprio cansaço, o próprio trabalho, tantas coisas, mas – neste caso o pároco – para unir o rebanho, para unir as pessoas, para levá-las a Jesus. A lógica de Jesus como mediador é a lógica de aniquilar a si mesmo”. (Homilia Casa Santa Marta – 9/12/2016)
“O diaconato é uma vocação específica, uma vocação familiar que evoca o serviço, como um dos dons característicos do Povo de Deus. O diácono é o defensor do serviço no âmbito da Igreja: servir ao Altar, servir à Palavra, servir aos Pobres. A sua contribuição e missão consiste em recordar a todos a dimensão do serviço à fé, em âmbito laical, clerical e familiar”. (Encontro com sacerdotes e diáconos na Catedral de Milão, 25/3/2017)
Para celebrar a vocação ao sacerdócio e ao diaconato a Igreja dedica o primeiro domingo do mês. Não podemos deixar de rezar especialmente pelos padres que conduzem as nossas comunidades e zelam por nós.
2ª SEMANA: Na segunda semana refletimos sobre a vocação à vida de família. Esta é denominada “Semana da Família” e dedicada à refletir sobre o papel da família na construção da sociedade como Reino de Deus. O Papa Francisco, em sua Carta para o 9º Encontro Mundial das Famílias que irá se realizar em 2018, diz:
“O amor de Deus é o seu sim a toda a Criação e ao ser humano, centro da Criação. É o sim de Deus pela união entre o homem e a mulher, abertura e serviço à vida em todas as suas fases. É o sim e o compromisso de Deus pela humanidade ferida, maltratada e dominada pela falta de amor. A família é o sim de Deus-Amor. Somente a partir do amor, a família pode manifestar, difundir e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não é possível viver como filhos de Deus, como cônjuges, pais e irmãos”.
Em especial, dedicamos o segundo domingo do mês para celebrar o “Dia dos Pais”.
3ª SEMANA: Na terceira semana de agosto, vamos refletir sobre a vocação à vida consagrada – religiosos/as e consagrados/as seculares. No discurso ao clero, religiosos e seminaristas, no Cairo, em 29/4/2017, o Papa Francisco disse:
“Sede uma força positiva, sede luz e sal desta sociedade; sede a locomotiva que faz o comboio avançar para a meta; sede semeadores de esperança, construtores de pontes, obreiros de diálogo e de concórdia”.
E falando aos participantes na Plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em 28/1/2017, Papa Francisco disse:
“Se a vida consagrada quiser manter a sua missão profética e o seu encanto, continuando a ser escola de lealdade para os próximos e os distantes, deverá manter o frescor e a novidade da centralidade de Jesus, a atração pela espiritualidade e da força da missão, mostrar a beleza do seguimento de Cristo e irradiar esperança e alegria”.
4ª SEMANA: E concluindo o mês das Vocações, na última semana refletimos sobre a vocação aos ministérios e serviços pastorais que leigas e leigos desenvolvem na comunidade paroquial. É um momento importante para voltar nossa atenção aos serviços voluntários que são indispensáveis na estrutura da comunidade eclesial. Assim, no quarto domingo do mês, celebramos todas essas vocações. E de modo especial, celebramos o “Dia Nacional do Catequista”
A vocação de catequista é refletida com as demais vocações, mas, devido a seu caráter de ministério essencial na vida da Igreja, durante a 18ª Assembleia Geral da CNBB, em 1980, foi aprovada a instituição do DIA NACIONAL DO CATEQUISTA, que é celebrado no ÚLTIMO DOMINGO de Agosto. Dessa forma, quando o mês de agosto tem quatro domingos, o “Dia do Catequista” é celebrado no 4ª domingo do mês, junto com a vocação dos leigos, porém, quando o mês de agosto tem cinco domingos, o “Dia Nacional do Catequista” é celebrado no quinto domingo.