Na manhã deste domingo (12), Pe. Celso junto à comunidade Casa de Pedra – área rural de Paulo Afonso, inauguraram a igreja de Santa Luzia. Uma das vinte e oito comunidades que formam a paróquia de São Francisco de Assis.
Povo espera chegada de Pe. Celso, no povoado Casa de Pedra, Paulo Afonso-BA.
O cenário de vidas secas, pertinho do abraço do rio São Francisco tinha a alegria de ver realizado o ‘milagre da multiplicação’ como lembrou Pe. Celso. ″Até semana passada não sabíamos como quitar R$ 12 mil que faltavam, e Deus através de pessoas tão especiais providencia tudo″.
Agora as celebrações que antes aconteciam nas casas das famílias ou ao pé da árvore, ganhou um belo templo, mas que isso, vendo como se organizou a construção, é nordestina, paulofonsina e franciscana.
Na falta dos anjinhos que foram comprados, mas que ainda não chegaram à comunidade, olha as crianças bem caracterizadas.
″Às vezes as pessoas questionam, mas para quê levar o que se tira da festa de São Francisco sempre para as comunidades?, vocês vejam agora, no centro de Paulo Afonso há espaços para tudo, aqui não tinha para nada. Agora vocês vão celebrar não apenas as missas, mas a catequese, à vida: suas festas e reuniões″, disse Pe. Celso.
Pe. Celso chegou acompanhado de muitos amigos que vieram de outras comunidades como: Bogó e Barro Vermelho, e de Paulo Afonso, fizeram uma procissão até a nova igreja que acabou fincando pequena.
Comunidade Santa Luzia. A caatinga também brota!
O sermão da montanha
″Jesus nos faz muitas recomendações: não chamar seu irmão de tolo, faça justiça, procure não possuir, não julgue […], aqui Jesus nos chama para construir as pessoas. Então, não tendo justiça o maligno ataca″.
Pe. Celso chamou atenção para o contexto social em que Jesus diz o sermão e aconselhou que os fiéis tentassem resolver as queixas da vida, sem julgamentos nem injustiças.
Faixa em homenagem a Pe. Celso, feita quando ele chegou em Paulo Afonso, há 13 anos.
″O que a sua mãe fez por você, mesmo depois que ela se foi, ainda permanece em você, pois o que é construído em nós permanece, essa igreja foi construída para vocês, nós não podemos deixar essa missão, precisamos encontrar vocês, cuidar, essa é uma luta da Igreja, esse encontro nos humaniza, e nós só podemos agradecer a Deus, não tínhamos nada de dinheiro, mas tínhamos tudo: Jesus Cristo, com a partilha e a amizade, vejam como deu certo!″.
Pe. Celso aspergindo a igreja de Santa Luzia.
Pe. Celso pediu a dona Nina que se levantasse, explicou ao povo seu trabalho na paróquia de São Francisco, sua atenção com as comunidades e dedicação à Igreja. ″Muito antes de eu chegar, há quarenta anos, está ela lá, trabalhando e muita coisa a gente consegue com a ajuda dela″.
Sabendo que seria a última celebração de Pe. Celso na comunidade – antes de partir para Alemanha, foram muitas mensagens de carinho, de agradecimentos, de saudades…. Alguns começavam e não conseguiam terminar, ele também muito emocionado. Porém, foi um dia de festa, de alegria, o padre ganhou presentinhos, a comunidade agradeceu a Neusa, sua parceira de caminhada que também ganhou o carinho do povo.
Os olhos de Santa Luzia no prato e os anjinhos, povoado Casa de Pedra.
No próximo domingo (19), Pe. Celso ainda celebrará na área rural, desta vez no Bonamão, também inauguração da comunidade, além das missas de despedida do seu rebanho, às 7h da manhã na São Francisco e às 18h, na comunidade de São Lourenço, no BNH.
Na celebração Pe. Celso refletiu o Sermão da Montanha.
Linda por fora e por dentro!
Dona Nina.
Neusa recebe o carinho da comunidade Santa Luzia.
Foram muitas as mensagens do povo de Casa de Pedra para Pe. Celso.
Sol quente, seca, e o povo cultivando a esperança de dias melhores.
Liderança da comunidade. ‘Custou muito, mas vamos cuidar direitinho porque é um patrimônio nosso’.