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Foto do escritorPASCOM - Perpétuo Socorro

Formar para a vida cristã


No dia 20 de novembro, na Solenidade de Cristo Rei, é celebrado o Dia Nacional dos Leigos, como é a prática desde 1991. Neste ano, tivemos um impulso novo, com o Documento 105 da CNBB, “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade – Sal da Terra e Luz do Mundo”. Em várias instâncias tivemos oportunidade de acolher criativamente seu rico conteúdo. Em nossa Assembleia Diocesana da Ação Evangelizadora, que realizamos nos dias 08 e 09 de novembro, este texto foi aprofundado. Foi sublinhada a identidade, a espiritualidade e a missão dos cristãos leigos e leigas. Vimos que todos os cristãos têm a mesma dignidade, que advém do batismo. Todos somos chamados à santidade. Partilhamos todos da mesma missão da Igreja, recebida de Jesus Ressuscitado, no mandato missionário: “Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28, 19). “Um só é, pois, o povo de Deus: ‘um só Senhor, uma só fé, um só Batismo’ (Ef 4,5)” (Doc. 105, n. 108). Nesta comum dignidade se funda a diversidade de ministérios e funções. Porém, qual caminho percorrer para que o leigo seja “verdadeiro sujeito eclesial” (DAp, n. 497)? Constatamos que a uma grande percentagem de batizados ainda não se sentem pertencentes à Igreja. Sabem-se católicos, mas não vinculados à comunidade de fé. Alguns ainda falam de “sócio” para designar sua pertença à Igreja. Como poderão ser “sal da terra” e “luz do mundo” e, assim atuarem nos diversos ministérios e serviços da Igreja, formarem famílias cristãs, serem presença transformadora na sociedade e nas diversas profissões? Como viver a misericórdia e estar a serviço da vida plena para todos?

É missão da comunidade cristã, que gerou seus filhos pelo batismo, formar cristãos maduros na fé, enraizados em Cristo, apaixonados por Ele e pelo seu projeto do Reino. Em nosso tempo, as famílias e a sociedade já não formam mais, sozinhas, o cristão. Então, como tudo na vida, também para ser cristão é preciso aprender, realizar um percurso. Entendemos que o processo de iniciação à vida cristã deve ser o eixo integrador de toda a vida da Igreja. Eixo integrador significa que todas as outras ações estão a ele interligadas. Está no centro das atenções e desafios que temos como Igreja: ir ao encontro dos batizados, apresentar-lhes positivamente o Evangelho, acolhê-los em nossas comunidades, oferecer-lhes um caminho e possibilidades de mergulhar na riqueza do tesouro de nossa fé e direcionar a vida a partir da fé professada. Este ponto é o foco de toda a vida de nossas comunidades. Queremos cristãos convictos de sua fé, que tenham feito um caminho de aprofundamento e amadurecimento.

O encontro e a escuta do chamado de Cristo para segui-lo devem ser continuamente renovados. “Ou educamos na fé, colocando as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos nossa missão evangelizadora” (DAp, n.287). Recordamos as palavras de Jesus, que nos compara aos ramos de uma videira (cf. Jo 15,1-8). “A vitalidade dos ramos depende de sua ligação à videira, que é Jesus Cristo: ‘quem permanece em mim e eu nele, dá muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada’ (Jo 15,5)” (Christifidelis Laici, 57). Esta fé precisa ser esclarecida, num diálogo permanente com os desafios sociais e culturais. Assim, os cristãos leigos poderão ser sujeitos e protagonistas da vida cristã e, como sal, dar sabor, como irradiadores da luz de Cristo, iluminar.

Parabéns a todos os leigos e leigas que já descobriram a alegria de ser cristão, pertencer à comunidade e ser na Igreja e no mundo testemunhas autênticas da vida cristã.


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